Pesquise se in dubio

12/03/2010

Download Ilegal: Do crime à Inclusão cultural


Sentado à frente de seu computador, navegando por páginas das mais diversas, quem, na medida de sua experiência, já não baixou qualquer arquivo da Internet? O download ilegal cresce no Brasil e no mundo exponencialmente, assim, organizações de fiscalização e controle, enfurecidas, vão à caça de uns poucos menos sortudos e punem com multas às vezes exorbitantes. Uma empresa de pesquisa americana alega que, em pesquisa do ano de 2009, cerca de 8% dos internautas de vários países, em média, admitiram terem feito, em algum momento, download ilegal. Segundo relatório da mesma empresa "Essa ampla disponibilidade de conteúdo ilegal representa um grande obstáculo ao desenvolvimento de serviços de conteúdo on-line, e continua impactando pesadamente nas receitas, apesar das autoridades governamentais e da indústria repetirem tentativas de apertar o sistema". Parece ser majoritária a teoria de que o conjunto de downloads ilícitos só traz 'benefício' ao internauta, pois, para seu país, que deixa de arrecadar os tributos cabíveis, só tem a perder com isso, além do artista, no caso de músicas, filmes, clipes, dos autores, nos casos de livros, romances, etc, maiores prejudicados.

Só que a celeuma toda tem um grito mais forte que o dos outros: o das Gravadoras. São elas as principais militantes contra o download de músicas (principal alvo). Claro que não deixam de ter razão, porém, já foi posto que o valor cobrado por seus produtos mitiga a inclusão cultural das classes menos favorecidas. Há quem, diga como já lido por mim, “Quer um CD? Compre o original! Acha caro? NÃO COMPRE!!!”, o que eu acho completamente ignorante, simplista. Há tantos projetos culturais no nosso país os quais têm por escopo, justamente, a inclusão social e cultural de pessoas que não dispuseram de recursos para crescer em meio à diversidade cultural, por quê não um que incentive o bom uso da Internet?

A solução não está em multar e ou prender as pessoas que ‘’baixam’’ músicas, filmes, ou qualquer outro arquivo que deveria ser pago, mas, sim, incentivar o download PAGO por meio de campanhas governamentais de conscientização, sendo que aqueles deverão ter seu preço compatível com a realidade social do país em questão. Não obstante, o sucesso de tais campanhas, mesmo que mirabolantes, será ínfimo se o preço dos produtos já mencionados não condisserem com a realidade mencionada.

Um comentário:

  1. E ai Fabião, massa o blog, interessante, ta estudando novamente? abraços

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